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martes, octubre 05, 2004
O problema é o poder
Se alguém ainda acredita que tem "poder de mudança" no voto, lamento
informar: o problema é a questão do PODER.

Não é a questão de quem está lá, ou quem pode estar, e sim a estrutura que
está posta.

Para quem assistiu a briguinha pessoal entre M. Moore e Bush em "Farenheit -
11 setembro", pode ver por trás dos panos a briga não pela "democracia"
estadunidense, mas uma campanha a favor de Kerry (aproveitando a antipatia
existente entre Moore e Bush).

Então, se entrar Kerry, o mundo estará a salvo? As coisas vão melhorar?
E na minha cidade (Curitiba), mudará realmente algo entrando o PT? E se
entrar o PFL? E se entrar o cara que promete passe livre para os estudantes?
E se entrasse então o PSTU, melhoraria? Melhoraria pra quem?

Agora, falando com os colegas da UFPR: como foi a experiência nas eleições
do DCE, sendo "bancados" por partidos políticos com interesses próprios?

E o pior de tudo isso, é que não consigo apresentar nenhuma solução prática
e rápida para o problema. A solução que eu vejo ainda é uma revolução
cultural, resultado de um processo consideravelmente lento para os dias
atuais. Ainda assim, se essa é a única saída que eu vejo, vou continuar
lutando para que isso aconteça. Lutando com unhas e dentes (até ficar
banguela talvez! hehehe)

Se alguém pensou em alguma solução para os diversos problemas mundiais,
gostaria que compartilhassem. A troca de idéias pode ser muito rica nesse
tempo de "terrorismos diversos" que vivemos

Abraços,
Marcos Torres

(Segue matéria extraída da Caros Amigos On-line www.carosamigos.com.br)
Bom augúrio, apesar de Kerry

por José Arbex Jr.
Kerry, entre outras coisas que demonstram seu perfil alinhado à política
externa da Casa Branca, já fez as tradicionais e ritualisticamente
obrigatórias juras públicas de condenação a Cuba e de apoio incondicional a
Israel

“Meus amigos no Partido Democrata, e estou feliz de poder chamar vários
deles de meus amigos, nos garantem que compartilham a nossa convicção de que
a obrigação mais importante de nosso governo é ganhar a guerra contra o
terrorismo, e não duvido de sua sinceridade (...). Lembremo-nos de que não
somos inimigos, mas camaradas em uma guerra contra um verdadeiro inimigo”,
declarou o senador John McCain em seu discurso, no dia 31 de agosto, durante
a abertura da convenção nacional do Partido Republicano, realizada no famoso
ginásio de esportes e centro de convenções Madison Square Garden, em Nova
York. O discurso “conciliador” de McCain, pronunciado durante o encontro que
oficializou a candidatura de George Bush, explicita a grande questão das
eleições presidenciais estadunidenses: a manutenção da estratégia de “guerra
ao terror”, quem quer que seja o vencedor. Do ponto de vista do
establishment, esse, precisamente, é o ponto que deve permanecer intocado.

Do lado de fora do Madison Square Garden, a polícia armou um esquema de
guerra para proteger a convenção não de um suposto ataque terrorista, mas de
dezenas de milhares de manifestantes (apenas no domingo, dia 30, foram algo
entre 150.000 e 250.000) que não aceitam a idéia de ver Bush reeleito. Uma
imensa área compreendida por doze ruas próximas ao local ficou fechada ao
tráfego, e mesmo o acesso de pedestres foi extremamente controlado por cerca
de 10.000 policiais, agentes do FBI (polícia federal), unidades de elite e
serviços secretos, segundo informaram as agências de notícias. Isso é muito
significativo, quando se recorda que Nova York foi o grande alvo do atentado
de 11 de setembro de 2001. Se o objetivo do Partido Republicano, ao realizar
a convenção em Manhattan, tradicional reduto democrata, era o de capitalizar
os sentimentos da população de repúdio ao terror, o tiro saiu pela culatra.

John Kerry, o adversário democrata de Bush, reza pela mesma cartilha da
“guerra ao terror”. Há uma diferença de forma e tom do discurso: Kerry fala
mais em diálogo com os aliados, em operações e estratégias acertadas no
quadro das instâncias multilaterais, como a Organização das Nações Unidas
(ONU) e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Mas não coloca
em dúvida o essencial, o ponto ao qual McCain faz referência. Nem poderia. A
“guerra ao terror” não foi criada por Bush, nem foi realmente motivada pelo
atentado de 11 de setembro, que forneceu apenas o pretexto conjuntural para
colocar em marcha o processo de ataque ao Afeganistão e a aprovação do
Decreto Patriótico (um calhamaço de várias centenas de páginas que não
poderia ter sido escrito no prazo de algumas semanas decorrido entre a data
do atentado e a de sua aprovação pelo Congresso, em 26 de outubro).
Corresponde a uma estratégia de longo alcance, cujo objetivo é consolidar a
hegemonia da superpotência no século 21. Nesse sentido, é uma plataforma tão
“kerryana” quanto “bushista”.

Bush e Kerry vêm do mesmo estrato social. Ambos pertencem a famílias
multimilionárias e estudaram em Yale (situada em New Haven, Estado de
Connecticut, uma universidade destinada à elite econômica dos Estados
Unidos), onde freqüentaram a mesma associação de alunos, Skull and Bones
(crânio e ossos). E Kerry, entre outras coisas que demonstram seu perfil
alinhado à política externa da Casa Branca, já fez as tradicionais e
ritualisticamente obrigatórias juras públicas de condenação a Cuba e de
apoio incondicional a Israel, além de ter pedido que o novo
primeiro-ministro espanhol, José Luis Zapatero, voltasse atrás na intenção
de retirar as tropas de seu país do Iraque. Assim, se Kerry não é igual a
Bush, tampouco é fundamentalmente distinto.

A grande possibilidade de que algo mude de fato nos Estados Unidos, nesse
quadro, não vem da “alta política” partidária, mas das movimentações que
acontecem na base da sociedade, notada por manifestações como as que
ocorreram dia 30, diante do Madison Square Garden, por vários atos
realizados nos últimos meses, contra a presença de tropas estadunidenses no
Iraque, além de outros sinais mais difusos, mas também importantes, como a
acolhida dada ao documentário de Michael Moore (que, aliás, participou da
convenção republicana, como jornalista, onde levou uma tremenda vaia por
parte dos cerca de 50.000 presentes). São sinais de que o consenso nacional
construído pelo impacto de 11 de setembro começa a perder seus efeitos, por
mais que a Casa Branca procure manter um clima artificial de pânico,
multiplicando advertências de um “possível novo atentado”.

Isso não significa que haverá uma “corrida às urnas” contra Bush, nem
significa que júnior será necessariamente derrotado, até porque Kerry, além
de não ter nada de fundamentalmente novo a dizer, não é do tipo que empolga
multidões, como mostram as pesquisas e os comentários feitos por seus
próprios partidários. Outra coisa é que a eventual derrota de Bush,
independentemente das intenções de Kerry, portará um componente mais forte e
explícito de rejeição ao militarismo, e estimulará os setores mais
mobilizados da opinião pública estadunidense. É uma razão forte o suficiente
para fazer com que lideranças do movimento antiglobalização, incluindo
Michael Moore, convoquem o voto em Kerry.

Se por ora é impossível prever quem será o vencedor, é certo que, em
qualquer hipótese, o novo presidente encontrará uma opinião pública menos
disposta a apoiar aventuras militares e menos vulnerável à retórica
patriótica (o “papelão” no Iraque não dá grandes margens a ufanismos). Nos
dias que correm, é um bom augúrio.

José Arbex Jr. é jornalista.

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